Você se sente refém da azia, da dor no estômago e da má digestão? Aprenda aqui que a gastrite pode ser a culpada, mas não precisa ser sua sentença de vida!
Dra. Pérola Gonçalves – CRMMG 68124 / RQE 53201/ RQE 60773
15/04/2024
Introdução:
Embora muitas vezes confundidas, gastrite e dispepsia não são sinônimos.
A primeira é uma condição médica bem definida, caracterizada pela inflamação da mucosa gástrica, que pode apresentar alterações estruturais e nem sempre causa sintomas.
Já a dispepsia, por outro lado, é um conjunto de sintomas digestivos que podem ou não estar associados à gastrite.
Quem é o médico que faz o diagnóstico de gastrite?
O médico endoscopista é capaz de realizar o diagnóstico e o gastroenterologista é especialista em doenças do trato gastrointestinal, incluindo a gastrite.
A Dra. Pérola é Gastroenterologista e especialista em Endoscopia Digestiva.
Faz parte do corpo clínico do Hospital Mater Dei e se dedica a estudar e se manter atualizada sobre o tratamento das gastrites.
Atualmente atende em seu consultório em Belo Horizonte.
Antes de agendar sua consulta, veja a seguir o que os nossos pacientes têm a dizer sobre a Dra. Pérola
O que causa a gastrite?
As causas são diversas e podem se apresentar sozinhas ou em conjunto:
- Bacteria Helicobacter pylori: Principal responsável pela gastrite crônica, essa bactéria se instala no estômago e sua ação provoca irritação da mucosa.
- Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): medicações como a aspirina, ibuprofeno, nimesulida e naproxeno podem irritar o revestimento do estômago, principalmente quando usados em altas doses ou por longos períodos.
- Excesso de álcool: O álcool age como um irritante do estômago, aumentando a produção de ácido e prejudicando a mucosa.
- Condições autoimunes: Em alguns casos raros, o sistema imunológico ataca as células saudáveis do estômago, causando inflamação.
Outras causas: cirurgias gástricas, ingestão de substâncias tóxicas e algumas doenças graves também podem contribuir para o desenvolvimento desta doença.
Sintomas da Gastrite:
Nem sempre a gastrite apresenta sintomas!
Quando as pessoas apresentam sintomas, eles são devidos a outras condições que podem ocorrer como dispepsia e úlcera.
Os sintomas de dispepsia e úlcera incluem:
● Desconforto abdominal
● Dor persistente entre o umbigo e as costelas inferiores
● Diminuição do apetite
● Náusea ou vômito
● Eructações, inchaço ou sensação de plenitude no abdômen
● Vômito com sangue ou evacuações de cor preta
● Sentir-se mais cansado do que o habitual – Isto acontece se as pessoas com gastrite desenvolverem uma doença chamada “anemia”.
*** Atenção! Caso você tenha dor persistente apesar do uso de medicações ou apresente vômitos com sangue ou fezes enegrecidas, pode ser um caso mais sério. Você deve procurar o seu médico imediatamente.
Fatores de Risco:
- Idade: é mais comum em pessoas com mais de 60 anos.
- Fumo: O tabagismo aumenta o risco de gastrite, especialmente a crônica.
- Álcool: O consumo excessivo de álcool irrita o estômago e aumenta o risco desta doença.
- AINEs: O uso frequente de AINEs, como aspirina, ibuprofeno e naproxeno, pode aumentar o risco de inflamação do estômago.
- H. pylori: A infecção por essa bactéria é o principal fator de risco para a gastrite crônica.
Diagnóstico da Gastrite:
Depois de analisar seus sintomas, o gastroenterologista perguntará sobre seu estilo de vida.
Especificamente, o médico vai querer saber:
● A quantidade de álcool que você bebe
● Medicamentos que você está tomando, em particular aspirina ou AINEs
● Se você já experimentou antiácidos ou outros medicamentos para tratar seus sintomas e se eles ajudaram.
O seu gastroenterologista irá examiná-lo, prestando especial atenção ao seu abdômen.
Com base no seu histórico médico, sintomas e exame físico, o seu médico decidirá se você deve tentar tratamento médico primeiro para ver se os sintomas melhoram ou se você precisa de mais exames.
Quais exames para diagnosticar a gastrite?
- Endoscopia digestiva alta: Um exame que utiliza um tubo flexível com câmera para visualizar o interior do estômago e duodeno. Durante a endoscopia, podem ser realizadas biópsias para análise em laboratório.
- Teste de urease: Um teste rápido que detecta a presença da bactéria H. pylori no estômago.
Classificação da Gastrite:
A gastrite pode ser classificada de acordo com sua evolução temporal (aguda ou crônica) e pela aparência da mucosa gástrica (morfologia):
- Aguda: Inflamação repentina e intensa, geralmente causada por AINEs, álcool ou ingestão de substâncias tóxicas. Os sintomas costumam ser fortes e de curta duração.
- Crônica: Inflamação persistente que pode durar meses ou anos, geralmente causada pela H. pylori ou por outras causas como autoimunidade. Os sintomas podem ser leves ou ausentes.
Morfológica:
- Enantematosa: é a forma mais frequente, restrita ou difusa. Pode estar relacionada a infecção pela bactéria H pylori. A gastrite crônica pelo H pylori afeta dois terços da população mundial e é uma das afecções inflamatórias crônicas mais comuns da humanidade.
No entanto, alguns pacientes podem apresentar mais de um agente etiológico. Um exemplo comum deste tipo de situação é a presença simultânea de gastrite causado pela ingestão crônica de AINEs ou por outros agentes - Erosiva plana: prevalecem as erosões planas ou difusas e dependendo do número são classificadas em leve, moderada ou intensa.
- Erosiva elevada: predominam erosões elevadas, sendo graduadas da mesma forma para erosões planas.
- Hemorrágica: a hemorragia subepitelial ocorre mais frequentemente nos pacientes que fazem uso de anti-inflamatórios não esteroidais.
- Atrófica: Destruição das glândulas gástricas, podendo levar à má absorção de nutrientes. Pode estar ou não relacionada a metaplasia intestinal. A gastrite atrófica inclui dois subtipos principais: autoimune e ambiental.
Tratamento
O tratamento é individualizado a depender da história clínica, exame físico e subtipo de gastrite. Geralmente inclui:
- Mudanças na dieta: Evitar alimentos gordurosos, condimentados, ácidos (cafeína, suco de laranja, molho de tomate), que podem irritar o estômago. Comer pequenas refeições frequentes e mastigar bem os alimentos também pode ajudar.
- Parar de fumar: O fumo irrita o estômago e dificulta a cura.
- Reduzir o consumo de álcool: diminuir o consumo temporariamente pode ajudar no tratamento da desta condição.
- Medicamentos:
> Antiácidos: Neutralizam o ácido do estômago e aliviam a queimação e a dor.
> Inibidores da bomba de prótons ou protetores gástricos: Reduzem a produção de ácido do estômago e são mais eficazes que os antiácidos. Alguns exemplos são o Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol, etc.
> Agentes de revestimento do estômago: Criam uma camada protetora na mucosa gástrica.
> Bloqueadores de histamina - Se você ainda tiver sintomas e testes adicionais confirmarem que você tem uma infecção por H. pylori, seu médico irá tratá-lo com antibióticos para matar a bactéria.
***Atenção! Em alguns casos, a gastrite pode evoluir para complicações graves, como úlceras pépticas, sangramento digestivo e câncer gástrico. Por isso, é importante consultar um médico ao perceber os primeiros sintomas da doença.
Prevenção da Gastrite:
- Adotar uma dieta saudável: Evitar alimentos gordurosos, condimentados, ácidos e cafeína.
- Limitar o consumo de álcool: Beber com moderação ou evitar completamente.
- Parar de fumar: O tabagismo é um dos principais fatores de risco para a esta condição.
- Tratar a infecção por H. pylori: Se diagnosticada, é importante tratar a infecção para prevenir a inflamação gástrica crônica e suas complicações.
- Evitar o uso frequente de AINEs: Se necessário usar AINEs, consulte um médico sobre os riscos e como proteger o estômago.
Conclusão:
A gastrite é uma condição médica comum que pode causar desconforto e outros problemas digestivos.
É importante consultar um médico ao perceber os primeiros sintomas da doença, pois o diagnóstico e tratamento precoces podem prevenir complicações graves.
Se você se identificou com os sintomas do post acima, agende uma consulta com a Dra. Pérola Gonçalves, gastroenterologista experiente e dedicada ao cuidado da saúde digestiva.
A Dra. Pérola Gonçalves oferece um atendimento personalizado, com foco na investigação precisa da causa da sua gastrite e no desenvolvimento de um plano de tratamento individualizado para cada paciente.
Marque sua consulta hoje mesmo e dê o primeiro passo para uma vida livre de desconforto digestivo!
Leia mais:
Referências:
- Harvard.edu
- Uptodate.com
- Uptodate.com/contents/gastritis
- Uptodate.com/gastritecrônica
- Tratado ilustrado de Endoscopia Digestiva – 1. Ed. – Rio de Janeiro